Serviço de Abordagem fala sobre os desafios enfrentados pela família e pela equipe nas ações em Nova Venécia

O Centro de Referencia Especializada em Assistência Social (CREAS) em Nova Venécia realiza diariamente o Serviço de Abordagem Social com a finalidade de assegurar atendimento especializado para apoio, orientação e acompanhamento para andarilhos e pessoas em situação de rua.

Durante a semana é realizado uma ronda nos principais bairros da cidade, que tem por objetivo localizar os moradores de rua e identificar suas necessidades imediatas, como a retirada de novos documentos, encaminhamentos para serviços da saúde e assistência, passagem para cidade de origem e outras orientações.

Em contato com a família de um dos moradores de rua foi possível saber o outro lado de quem vive na pele, a angústia e o sofrimento de quem espera ter o contato sadio, reestabelecido no vínculo familiar. A Zenilda Paulina Gomes tem seu irmão Valtair Gomes Paulina, como um exemplo, ele é ex-morador de rua, estava em situação de vulnerabilidade a mais de 20 anos e agora foi acolhido pelo Serviço de Abordagem Social de Nova Venécia. “É difícil para gente que é parente cuidar deles na rua porque eu como irmã, dói demais porque eles não querem que a gente ajuda, quando conseguimos levar para casa, dar banho e alimentar, volta tudo outra vez, por que sai, volta sujo e alcoolizado. A Assistência Social faz parte em ajudar não só eles no Serviço de Abordagem, mas também nós familiares sobre até o atendimento médio e psicológico então assim eu agradeço a Deus é porque eu ainda tenho essas pessoas que me ajudam. Se não eu não sei o que é que faria. Meu irmão era um cara honesto, trabalhador, e hoje o vício transformou ele em outra pessoa. Agora ele está em um abrigo recebendo cuidados e espero que volte melhor para conviver com a família”, disse Zenilda Paulina Gomes.

O Serviço Abordagem informou que durante os 20 anos de vunerabilidade de Valtair, foram feitas diversas tentativas de internação, e essa é mais uma tentativa para poder ajudar a família.

A Assistência Social por meio do CREAS busca dar assistência não só as pessoas, mas também suas famílias. “Buscamos monitorar os locais onde esses andarilhos e/ou pessoas em situação de rua se encontram para dar apoio, cuidando da saúde e da ordem pública tanto para eles quanto para os cidadãos que transitam pelos locais”, disse a responsável pelo Serviço de Abordagem Social.

Esse serviço é constituído por um vinculo entre CREAS e sua equipe técnica, junto a rede de serviços socioassistenciais da proteção social básica e especial e com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Tutelar, Organizações de Defesa de Direitos Humanos e demais políticas públicas, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social.

A população em situação de rua é um grupo heterogêneo, mas que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares rompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular. Procuram os logradouros públicos (ruas, praças, jardins, canteiros) como espaço de moradia e sustento, por contingência temporária ou de forma permanente.

“Pedimos encarecidamente que à população evitem de estar dando esmolas para as pessoas em situação de rua,pois uma vez que isso acontece, ela está reforçando e contribuindo para que este morador de rua reforce este vínculo de rua uma vez impossibilitado o mesmo de retornar para o convívio familiar pois ali ele encontrara tudo oque precisa de forma fácil e sem esforços. Só lembrando que os mesmos que ali estão precisam de assistência e apoio familiar e é no núcleo familiar que ele encontrará oque realmente precisa, dignidade, atenção e cuidados básicos de saúde”, finaliza.

Para mais informações e sugestões, entre em contato com o CREAS pelo telefone 3752-9040.

Dados de Ações dos últimos seis meses

Foram 32 andarilhos já encaminhados para suas cidades de origem. Cinco deles encaminhados para internação e cuidados médicos, sendo três para internação compulsória e dois para o Centro de Reabilitação. Dois retornos para convívio familiar e um óbito registrado em Nova Venécia.